15 de setembro de 2014

Tudo começou "No dia da Cruz, atrás da Cruz e no abraçar a Cruz".


A exatamente 490 anos atrás, professavam os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência, São Caetano, Bonifácio de Colli, Paulo Consiglieri e João Pedro Carafa. Deixavam-se eles moldar pelo sopro inspirador e direcionador do Espírito Santo dando inicio a um novo e antigo caminho dentro da Igreja. Novo porque fora fundado a partir desta data e antigo porque não trazia nada de novo se não o primeiro modo de vida da Igreja, a vida em comum, cada um colocando a disposição de todos os bens que tinha. Vivendo para a pregação da Palavra de Deus e para o zelo litúrgico. Levando vida e esperança àqueles que a perderam, assim como Jesus que leva a vida. Carregando a cruz às costas, assim como Jesus, um cruz que não é sinal de morte, mas de vida e de vitória, vitória dos 'apetites individuais para se chegar a uma perfeição evangélica', nossa preocupação diária, sem nos preocuparmos com o dia de amanhã.
A Ordem dos Teatinos que, iniciada no dia da Cruz no centro da Igreja em Roma, caminhou por mais de quatro séculos, levando esta novo-antigo modo de vida a muitos lugares do planeta, salvando muitas vidas através dos diversos meios pelos quais atua e chegando até o Brasil, até as nossas terras interioranas.
Hoje então é a nossa vez, estamos no dia da Cruz, seguimos a Cruz que São Caetano nos propôs e caminhamos para abraçar a cruz que temos em nossa vida, cruz de amor e misericórdia, de mortificação pessoal e doação para o outro, cruz de renúncia e de disponibilidade para o serviço.
Que hoje, dia da Santa Cruz, renovemos nossa decisão pelo seguimento de Jesus, renovemos nossa opção por dar a nossa vida, por renunciar as nossas paixões para seguir o grande e verdadeiro amor.
Muito obrigado meu Senhor por me permitir hoje poder caminhar um dia mais rumo ao dia da minha profissão solene, na qual, de um modo definitivo, poderei ligar minha vida à cruz de Cristo. Mas que desde já, a cada dia, eu possa renunciar as pequenas vontades, aos pequenos desejos, aos pequenos privilégios, as pequenas satisfações pessoais. Que eu possa a cada dia e todos os dias de minha vida, doar a minha juventude, a força de meus braços e pernas, a minha voz, os meus ouvidos e o meu coração, para ser um pequeno e frágil instrumento nas Vossas mãos. Leva-me Senhor aonde lhe aprouver, para fazer o que for do Seu agrado

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