De Segunda à Quarta-Feira da
semana passada, a nossa casa de formação São Pio X recebeu a ilustre presença do Pe. Francisco
Antunes, vice-provincial e reitor do Seminário de Postulantes em Guarulhos,
onde presidiu um retiro espiritual para os aspirantes e noviços em comunhão
fraterna.
Sua primeira fala foi baseada na passagem de Marcos 10, 46-52. Nessa passagem o
evangelista nos apresenta a cura do cego Bartimeu, que por sua condição vivia
oprimido pela sociedade de seu tempo. Ao saber que Jesus, o nazareno, passava a
sua frente, começou a clamar pela atenção dele. O povo ao seu redor queria impedi-lo,
dizendo para não importuná-lo, que Ele não teria tempo. No entanto, vendo a
dificuldade a sua frente, clama mais alto e forte pela atenção do Mestre e Ele
manda Chamá-lo: “Coragem! Ele te chama. Levanta-te!” (vv. 50) É isso que o povo
diz. Largando seu manto Bartimeu levanta e corre até Jesus. “Que queres que te
faça?”, Jesus pergunta. “Rabbuni! Que eu possa ver novamente!” “Vai, tua fé te
salvou”, Jesus responde e na mesma hora recuperou a vista e seguiu NO caminho.
Essa passagem do
Evangelho de Marcos é riquíssima! E possui uma importância maior para aquele
que já respondeu o seu chamado ou ainda está no processo de aceitação. Cada versículo
dessa passagem são convites e ensinamentos que nos são dados, e o primeiro
deles é a mendicância Bartimeu. Em nossa existência humana, será que muitas
vezes, não estamos à beira do caminho mendigando pelas migalhas que os outros
podem nos dar? Seja ela uma atenção, um carinho, um afeto ou até uma quantia econômica;
que de nada nos ajuda a realmente nos libertarmos de nossas amarras... “Não
fomos chamados a uma vida de migalhas, mas sim de nos alegrarmos em
nada receber” Isto foi focado para que todos aprendessem.
Outro ponto que Pe.
Chico frisou foi o de largar o manto que Bartimeu fez para ir de encontro a
Jesus. O que significa isso? O manto na situação significa tudo aquilo que
impede a ida ao Cristo, a zona de conforto da pessoa, sua segurança. Mas, será
que a permanência nesse manto é o meu melhor? A minha ida ao Cristo não me
coloca em movimento a buscar sempre o meu melhor? Porquê então procurarei ficar
em meu manto? Que diferença ou contribuição farei/darei ao meu próximo se ali
eu ficar? NENHUMA! Nessa vida cristã é necessário que busquemos livrarmos de
tudo aquilo que nos acomoda e impede-nos de responder o fazer o que Jesus nos
pede.
Agora, caro leitor,
convido você a refletir sobre esses dois pontos que nos foi dado convidados
pelo Pe. Francisco: o meu próximo me impede de chamar a atenção de meu Deus?
Quais são os meus mantos que me amarram no comodismo?
Franklin Cordeiro, Aspirante Teatino
que tem como casa o Seminário Menor São Pio X
que tem como casa o Seminário Menor São Pio X
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