30 de setembro de 2014

Sou igual ao Bartimeu?

De Segunda à Quarta-Feira da semana passada, a nossa casa de formação São Pio X recebeu a ilustre presença do Pe. Francisco Antunes, vice-provincial e reitor do Seminário de Postulantes em Guarulhos, onde presidiu um retiro espiritual para os aspirantes e noviços em comunhão fraterna.

Sua primeira fala foi baseada na passagem de Marcos 10, 46-52. Nessa passagem o evangelista nos apresenta a cura do cego Bartimeu, que por sua condição vivia oprimido pela sociedade de seu tempo. Ao saber que Jesus, o nazareno, passava a sua frente, começou a clamar pela atenção dele. O povo ao seu redor queria impedi-lo, dizendo para não importuná-lo, que Ele não teria tempo. No entanto, vendo a dificuldade a sua frente, clama mais alto e forte pela atenção do Mestre e Ele manda Chamá-lo: “Coragem! Ele te chama. Levanta-te!” (vv. 50) É isso que o povo diz. Largando seu manto Bartimeu levanta e corre até Jesus. “Que queres que te faça?”, Jesus pergunta. “Rabbuni! Que eu possa ver novamente!” “Vai, tua fé te salvou”, Jesus responde e na mesma hora recuperou a vista e seguiu NO caminho.

Essa passagem do Evangelho de Marcos é riquíssima! E possui uma importância maior para aquele que já respondeu o seu chamado ou ainda está no processo de aceitação. Cada versículo dessa passagem são convites e ensinamentos que nos são dados, e o primeiro deles é a mendicância Bartimeu. Em nossa existência humana, será que muitas vezes, não estamos à beira do caminho mendigando pelas migalhas que os outros podem nos dar? Seja ela uma atenção, um carinho, um afeto ou até uma quantia econômica; que de nada nos ajuda a realmente nos libertarmos de nossas amarras... “Não fomos chamados a uma vida de migalhas, mas sim de nos alegrarmos em nada receber” Isto foi focado para que todos aprendessem.

Outro ponto que Pe. Chico frisou foi o de largar o manto que Bartimeu fez para ir de encontro a Jesus. O que significa isso? O manto na situação significa tudo aquilo que impede a ida ao Cristo, a zona de conforto da pessoa, sua segurança. Mas, será que a permanência nesse manto é o meu melhor? A minha ida ao Cristo não me coloca em movimento a buscar sempre o meu melhor? Porquê então procurarei ficar em meu manto? Que diferença ou contribuição farei/darei ao meu próximo se ali eu ficar? NENHUMA! Nessa vida cristã é necessário que busquemos livrarmos de tudo aquilo que nos acomoda e impede-nos de responder o fazer o que Jesus nos pede.


Agora, caro leitor, convido você a refletir sobre esses dois pontos que nos foi dado convidados pelo Pe. Francisco: o meu próximo me impede de chamar a atenção de meu Deus? Quais são os meus mantos que me amarram no comodismo? 

Franklin Cordeiro, Aspirante Teatino 
que tem como casa o Seminário Menor São Pio X

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