27 de julho de 2013

Na Catedral do Rio, Papa Francisco convoca bispos, padres e religiosos para ir ao encontro das pessoas


  Na manhã deste sábado, 27 de julho, a Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro (RJ) recebeu os bispos brasileiros, presbíteros e diáconos, além de religiosos e seminaristas, para a missa presidida pelo Papa Francisco. O pontífice foi acolhido na Catedral pelo arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta. Também concelebraram o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o vice-presidente da entidade, dom José Belisário da Silva, e diversos bispos brasileiros e estrangeiros, que pregaram as catequeses durante a Jornada Mundial da Juventude.
  O Santo Padre presenteou a Catedral do Rio de Janeiro com um cálice, simbolizando a unidade da igreja em comunhão. Após a proclamação do evangelho, um trecho da conclusão de São Marcos que relata o envio dos discípulos de Jesus, Francisco dirigiu a sua homilia. “Vendo essa Catedral lotada, penso na palavra do salmo da missa do dia de hoje: ‘Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor”, iniciou. “Somos chamados por Deus! (...) Os religiosos não podem ser desmemoriados. Tem que ter no coração a recordação da origem de sua vocação”.
  O Papa recordou que os vocacionados são chamados a ir ao encontro dos irmãos. “Permanecer com Cristo não significa exilar-se, mas sim ir ao encontro dos outros. (...) Ser missionário não significa necessariamente abandonar o país, família e os amigos. Pois Deus quer que sejamos missionários onde estamos. Ajudemos aos jovens a perceber que ser discípulo é consequência do ser batizado”.
  Em harmonia com a reflexão atual da Igreja no Brasil sobre a renovação paroquial, Francisco destacou que os ministros do evangelho devem ir ao encontro dos que estão afastados. “Não podemos ficar enclaustrados em nossa casa, em nossa paróquia. Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Devemos sair, somos enviados! Temos que sair pela porta para buscar e encontrar as pessoas”, disse o Papa, que destacou também a importância da acolhida dos jovens nas comunidades. “São convidados VIP em nossas paróquias!”.
Francisco recordou ainda que os ministros da Igreja devem combater a cultura da exclusão.    “Queridos irmãos e irmãs, somos chamados por Deus a anunciar o Evangelho e a promover com alegria a cultura do encontro. (...) Vamos ao encontro de tantos irmãos e irmãs que estão abandonados. Não fiquemos em casa: vamos sair de casa, e assim sejamos discípulos do Senhor!”.

Leia a íntegra da homilia:
 
  Vendo esta catedral lotada com Bispos, sacerdotes, seminaristas, religiosos e religiosas vindos do mundo inteiro, penso nas palavras do Salmo da Missa de hoje: ‘Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor’ (Sl 66). Sim, estamos aqui reunidos para glorificar o Senhor; e o fazemos reafirmando a nossa vontade de sermos seus instrumentos, para que não somente algumas nações mas todas glorifiquem o Senhor. Com a mesma parresia – coragem, ousadia - de Paulo e Barnabé, anunciemos o Evangelho aos nossos jovens para que encontrem Cristo, luz para o caminho, e se tornem construtores de um mundo mais fraterno. Neste sentido, queria refletir com vocês sobre três aspectos da nossa vocação: chamados por Deus; chamados para anunciar o Evangelho; chamados a promover a cultura do encontro.
  Chamados por Deus. É importante reavivar em nós esta realidade que, frequentemente, damos por descontada em meio a tantas atividades do dia-a-dia: ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi», diz-nos Jesus’ (Jo 15,16). Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: ‘Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim’ (Gal 2, 20). Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta ‘vida em Cristo’ é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço: ‘Eu vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça’ (Jo 15,16). Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: ‘Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós’ (Jo 15, 4).
 
  E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O ‘permanecer’ com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais. Vem-me à cabeça umas palavras da Bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá: ‘Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. É nas favelas, nos ‘cantegriles’ nas Villas miseria, que nós devemos ir procurar e servir a Cristo. Devemos ir até eles como o sacerdote se aproxima do altar, cheio de alegria’. Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34).
  Chamados para anunciar o Evangelho”. E, fez um apelo direto: “Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (cf. Mt 28,19). É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. Certamente muitos, diante desse convite, poderiam sentir-se um pouco atemorizados, imaginando que ser missionário significa deixar necessariamente o País, a família e os amigos. Recordo o meu sonho da juventude: partir missionário para o longínquo Japão. Mas Deus me mostrou que o meu território de missão estava muito mais perto: na minha pátria. Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos.
  Não poupemos forças na formação da juventude!. São Paulo usa uma bela expressão, que se tornou realidade na sua vida, dirigindo-se aos seus cristãos: ‘Meus filhos, por vós sinto de novo as dores do parto até Cristo ser formado em vós’ (Gal 4, 19). Também nós façamos que isso se torne realidade no nosso ministério! Ajudemos os nossos jovens a descobrir a coragem e a alegria da fé, a alegria de ser pessoalmente amados por Deus, que deu o seu Filho Jesus para nossa salvação. Eduquemo-los para a missão, para sair, para partir. Jesus fez assim com os seus discípulos: não os manteve colados a si, como uma galinha com os seus pintinhos; Ele os enviou! Não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente esperando o Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor.
  Em muitos ambientes, infelizmente, ganhou espaço a cultura da exclusão, a ‘cultura do descartável’. Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. O encontro e o acolhimento de todos, a solidariedade e a fraternidade são os elementos que tornam a nossa civilização verdadeiramente humana. Temos de ser servidores da comunhão e da cultura do encontro. Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as ‘nossas verdades’. O que nos guia é a certeza humilde e feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf. Lc 24, 13-35).
  Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promover corajosamente a cultura do encontro. A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu ‘exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar os homens’. Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passos ao encontro do Senhor. Amém.
 
FONTE: CNBB

26 de julho de 2013

Chuva faz os organizadores mudarem local dos atos centrais


O mau tempo que atinge o Rio de Janeiro desde terça-feira, 23 de julho, fez os responsáveis pela JMJ mudarem o local da Vigília de Oração no sábado a noite e da Missa de encerramento no domingo pela manhã de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, para Copacabana. Os dois eventos contarão com a presença do Papa Francisco. O anúncio sobre a mudança do local foi feito pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta.
Confira nota oficial da JMJ:
"Por causa do mau tempo no Rio de Janeiro, a Missa de Envio e Vigília serão transferidas para a Praia de Copacabana. De acordo com Dom Orani, Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, a chuva e o frio tornaram as atividades em Guaratiba inviáveis. As mudanças foram recomendadas pelo Corpo de Bombeiros, Secretaria da Saúde e Proteção da Criança e Adolescente. Os horários das atividades que encerrarão a Jornada Mundial da Juventude Rio2013 (JMJ Rio2013) permanecem os mesmos. Em breve serão publicadas orientações práticas de como serão os eventos".
 
FONTE: CNBB

22 de julho de 2013

E o Papa vem ai: Acompanhe o Papa Francisco durante a jornada


 Confira toda a programação do Papa Francisco em terras brasileiras. Acompanhe também todos os passos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
 Os reflexos desse grandioso evento já é visível em todo Brasil, inclusive no nossa realidade teatina.
 Tivemos nessa semana missionária a chamada pré-jornada teatina que aconteceu na cidade de Fartura no Seminário São Pio X. Contamos com presença de jovens de diversas paróquias teatinas do Brasil e do México, além da Argentina. 
 Que nesse momento tão belo possamos cada vez mais nos unir em prol aos objetivos da juventude.
 Viva a Cristo!
 Viva ao jovem!
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9 de julho de 2013

Despertar e Missa vocacional de junho




  Nos últimos dias 28, 29 e 30 de junho tivemos em nossa casa o terceiro despertar vocacional 2013. O encontro tem como meta ajudar jovens a se encontrarem melhor dentro de suas vocações dentro ou fora do campo religioso teatino.
  Desta vez o tema proposto foi: “Tome sua cruz e me siga.” Os jovens foram convidados a refletirem sobre suas vidas em relação ao exemplo de Cristo na cruz e, assim, assumir o seu lugar no madeiro. Este foi o lema que nosso pai fundador São Caetano adotou em sua ordenação.
  Todo o encontro foi organizado pelo nosso formador e promotor vocacional Pe. Robson Antonio da Silva, CR e contou com a colaboração direta dos seminaristas, de maneira especial o aspirante Eduardo Lima que esteve presente em todos os acontecimentos.
  Encerramos o ultimo dia com a missa vocacional às 15:00 H que contou com a presença maciça  de conhecidos e fieis de Fartura e região.

  Dessa forma encerramos o trabalho vocacional do primeiro semestre de 2013. Logo, logo estaremos de volta. Boas férias e até logo. 

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5 de julho de 2013

Aconteceu: Testemunho de misericórdia




  Nesta última semana ocorreu aqui na casa de formação teatina S. Pio X o retiro de férias da comunidade de vida Aliança de Misericórdia provinda de São Paulo. Vieram, em média, cerca de 140 pessoas.
  Esse grupo é uma nova comunidade de vida, que tem por objetivo maior um especial estado de vida consagrada, seu campo de atuação é muito amplo. Por exemplo, desenvolve-se trabalhos: com crianças órfãs, moradores de rua, adictos e além  evangelização, missões diversas, adoração ao Santíssimo etc.
   Com toda a certeza foi uma experiência muito edificante para nós, seminarista do S. Pio X e também para eles. Poder conviver com eles nestes dias fortaleceu-nos em nossa caminhada vocacional.
  Compartilhamos nossos carismas. Pudemos trocar experiências e vivências de fé e vida. Descobrimos muitas similaridades nos nossos modos de vida, que apesar de serem tão diferentes, se aproximam pelo ideal que os nossos fundadores defendem.
  Eles foram um testemunho vivo da fé católica. O modo de vida simples, pobre, no sentido de despojamento, oração constante e comunitária. Tudo isso foi uma forma de avivamento da nossa vivência da fé católica.
  Outra coisa que nos surpreendeu muito foi o fato de serem em sua maioria jovens, de espírito e também de idade.  Essa radicalidade evangélica que eles buscam viver atrai bastante os jovens sedentos de Deus.

  Pois é, eles foram e nós ficamos, o que nos conforta é saber que conhecemos mais cento e tantas almas grandiosas e que eles estarão nos acompanhado através de suas orações. Estaremos juntos em espírito. O pouco que durou esse nosso encontro foi o suficiente para nos deixar marcados com a Misericórdia de Deus.

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Por Pedro Gustavo.