7 de julho de 2014

Meu amor

Meu amor! Estou me separando de você. Suas luzes conduziram-me a um lugar onde não mais consigo ver. Elas não me iluminam. Mantêm-me em uma escuridão que me impede de enxergar o transcendente. O ontem, em sua sabedoria, mostrou que para poder vê-lo é necessário abrir-me a outra iluminação. Uma que não se restringe ao constatável, como uma velha foto, mas que me entusiasme a seguir o hoje com o próprio entusiasmo.

Peço que me perdoe. Já expus minhas motivações. Sei que não será um período calmo como as águas de um lago, mas sei também que me reerguerei com os olhos descobertos para poder entender as ambiguidades da existência. De qualquer forma, continuarei te amando; em todo o meu ser. Para alguém conseguir viver no hoje ele não pode restringir-se a uma luz, pois clareará demais um lado e deixará negro o outro. É necessário apossar-se de várias, quem sabe diferentes uma das outras. Será belo o dia em que os meus recôncavos estarão iluminados, assim estarei completo.

Com amor,


Homem Liberto

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